O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), deu um prazo de dez dias para que a equipe econômica do governo Lula apresente uma alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado na semana passada.

“Reforcei a insatisfação geral dos deputados com a proposta de aumento de imposto do governo federal. E relatei que o clima é para derrubada do decreto do IOF na Câmara. Combinamos que a equipe econômica tem 10 dias para apresentar um plano alternativo ao aumento do IOF. Algo que seja duradouro, consistente e que evite as gambiarras tributárias só para aumentar a arrecadação, prejudicando o país”, publicou Motta nas redes sociais, após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O encontro, realizado na noite de quarta-feira (28), contou também com a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e dos líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), no Senado,Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).

Contrário à declaração de Motta, Haddad afirmou que a revogação da medida não está em discussão. “Em nenhum momento se discutiu revogação da medida”, disse o ministro, ao comentar o teor da reunião. “O que está sendo discutido é como tratar o tema com responsabilidade, olhando para o equilíbrio fiscal e institucional do país”.

Haddad afirmou ainda que explicou à cúpula do Congresso os motivos que levaram ao aumento do IOF: “Eu fui chamado a falar sobre a necessidade da medida e as consequências de sua eventual revogação, explicamos exatamente no que consistiu o anúncio da semana passada. Procuramos calibrar o corte de despesas acima do aumento de receitas para compor um quadro que permitisse cumprir as metas estabelecidas pelo Congresso Nacional.”

Com MaisPB