Júnior Queiroz – Hoje, 5 de maio, Caraúbas, no Cariri paraibano, está em festa. Mas em meio à comemoração, uma dúvida paira no ar e causa burburinho nos bastidores e nas rodas políticas da cidade: afinal, quantos anos de emancipação política Caraúbas está comemorando?

No ano passado, sob a gestão do então prefeito Silvano Dudu, a prefeitura realizou a festa em comemoração aos 27 anos de emancipação política. A conta era simples: se em 2024, 27 anos; logo, em 2025, 28 anos. Certo?

Pois bem. A controvérsia é que neste ano, já sob a nova administração do prefeito Nerivan Gari, adversário político de Dudu, a Prefeitura de Caraúbas anunciou as comemorações de 31 anos de emancipação política. Ou seja, em 12 meses, a cidade saltou quatro anos no calendário.

A matemática não fecha. E a dúvida, que já circulava nas conversas informais, virou tema central com a pergunta que não quer calar: quem está certo nessa conta? O ex-prefeito Silvano acertou ao atrasar o relógio da história caraubense e só contabilizar a emancipação a partir de 1997 quando a cidade teve a primeira gestão independente? Ou Nerivan decidiu “acertar” os números com base nos demais municípios da região que fazem a contagem pela lei emancipação, aprovada e sancionada em 1994?

A questão parece pequena, mas está longe de ser irrelevante. Aniversários de emancipação são datas simbólicas, que envolvem não apenas festa, mas também identidade, memória e pertencimento. Essa referência muda com a história da cidade e isso é algo que precisa ser esclarecido.

No fim das contas, fica a pergunta que não quer calar: Caraúbas está comemorando 28 ou 31 anos de emancipação? Alguém precisa, com seriedade e responsabilidade, dar essa resposta.

Por Júnior Queiroz