O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), respondeu nesta quarta-feira (9) às cobranças por uma definição antecipada da chapa majoritária para as eleições de 2026. Em tom sereno, Azevêdo descartou qualquer tipo de precipitação e negou que seu nome tenha sido lançado com antecedência pelo ex-governador Ricardo Coutinho (PT), como especulado nos bastidores.
“Não. Eu não preciso disso não. E eu nem fui lançado em 2017. Fiquei no governo até abril de 2018. Então não acho, não. O timing está correto no que estamos fazendo”, afirmou o governador durante entrevista concedida no lançamento do programa Conexão Mundo Estudantes, realizado no Centro de Formação de Educadores, em João Pessoa.
Estratégia de tempo e cautela
João Azevêdo vem adotando uma estratégia de cautela no debate sobre sua sucessão, mesmo com a base aliada já se movimentando. Nomes como o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos) e do vice-governador Lucas Ribeiro (PP), aparecem com força para encabeçar uma possível candidatura governista, caso Azevêdo decida disputar uma vaga no Senado Federal.
Com o cenário sucessório começando a se delinear nos bastidores, João Azevêdo tem evitado precipitar qualquer anúncio público sobre o pleito de 2026. Ele reforça que ainda há tempo suficiente para amadurecer alianças e construir um projeto sólido, apostando na cautela e no tempo político como aliados para consolidar sua posição e a de seu grupo.
Avaliação sobre Hugo Motta
Durante o mesmo evento, o governador também comentou brevemente sobre a atuação do deputado federal Hugo Motta (Republicanos–PB), presidente da Câmara dos Deputados, em meio às articulações entre o Congresso e o Governo Federal. Azevêdo foi diplomático e destacou a importância do equilíbrio institucional: “Na verdade, esse é um papel que tem que ser exercido pelos dois poderes, e eu tenho certeza de que, logo, logo, isso chegará a um consenso a respeito disso”, afirmou, ao ser questionado sobre a condução das negociações entre Legislativo e Executivo.
Com Fonte83