Seis em cada dez negros sofreram discriminação no último ano

A pesquisa Brand Inclusion Index 2024, da empresa global de dados e análise de marketing Kantar Insights, entrevistou 1.012 brasileiros e constatou que 61% dos pretos e pardos sofreram discriminação no último ano. Os ambientes e circunstâncias mais violentos nesse sentido foram o local de trabalho (31%), locais públicos (26%) e enquanto faziam compras (24%).

Ao todo, 11% dos participantes apontaram a cor da pele como fator que motivou a discriminação. Uma parcela de 10% ainda indicou a etnia ou a raça.

Notícias relacionadas:Uerj anula prova de residência depois de caso de racismo.Maioria dos professores já presenciou casos de racismo entre alunos.A amostragem abarcou quatro grupos minoritários: mulheres, negros (pretos e pardos), pessoas com deficiências (PCDs) e comunidade LGBTQIA+. A companhia pretendia captar sua percepção sobre aspectos como diversidade, equidade e inclusão de uma marca.

Em relação às marcas, o resultado foi de que 86% dos negros (pretos e pardas) afirmaram ser importante que promovam ativamente a diversidade e a inclusão em seus próprios negócios ou de modo mais abrangente, de modo a beneficiar toda a sociedade.

A Natura, a Avon e a Nike foram reconhecidas como as que mais contribuem para a representatividade negra, retratando a população negra a partir de uma perspectiva positiva. Outro atributo ligado a essas marcas foi a preocupação em oferecer produtos para clientes não brancos.

Outro dado de destaque do levantamento é o de que apenas um em cada cinco dos entrevistados (20%) se vê representado sempre em veículos de comunicação. As parcelas que disseram se enxergar no que é disseminado algumas vezes e nunca são, respectivamente, de 69% e 6%.

Kleber Pessoa, profissional da área de desenvolvimento de jogos digitais, já foi constrangido e vítima de racismo em uma loja de artigos para animais, pertencente a uma grande rede com presença em todo o território brasileiro. Ele conta que entrou no local acompanhado de um primo, negro, como ele, e que os dois foram também seguidos por um funcionário. 

“Meu primo não percebeu, mas eu percebi”, disse.

Incomodado com a desconfiança, o recifense experimentou se deslocar pela loja, para confirmar que o funcionário estava de fato de olho nos dois, por associar pessoas negras a atos criminosos, o que configura uma postura e uma atitude de racismo. Após se despedir do primo, na estação de metrô, Pessoa retornou à loja, para se certificar de que o mal-estar com a vigilância descabida não era mera impressão e que, na realidade, tinha fundamento. Ao chegar, confrontou o funcionário, que negou a perseguição e argumentou que “estava só fazendo seu trabalho”.

“Fiquei com muita raiva, com isso na cabeça, e remoendo por muito tempo. Podia ter brigado, feito uma confusão, mas precisava de provas e eu não tinha como provar”, lamenta.

Em pesquisa rápida pela internet, é possível encontrar inúmeros casos semelhantes. Em outubro de 2021, a Polícia Civil concluiu um inquérito que apurava a suspeita de abordagem racista em uma loja de uma marca de vestuário, em Fortaleza, que teria sido praticada por um gerente. Finalizado, o inquérito afirmou que a empresa possuía um “código de conduta” para classificar pessoas “fora do padrão dos clientes da loja”, que seria anunciado como um alerta para os funcionários, para que eles passassem a vigiá-las.

Em outro episódio recente de grande repercussão, uma mulher negra se revoltou com a diferença de tratamento em uma loja, gerada pela insinuação silenciosa de que teria cometido furtos. Em protesto e como forma de dar visibilidade à sua denúncia, voltou ao local, seminua, gritando, com sarcasmo, que, de lingerie, não teria como levar algum item escondido e que, portanto, os funcionários não teriam razão para suspeitar dela.

Ministra Cármen Lúcia e TV Brasil são alvos de notícias falsas

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), foram alvos da ação fraudulenta de criadores e propagadores de informações falsas (fake news).

Trechos de uma entrevista que a ministra concedeu ao programa Trilha de Letras, que a emissora pública exibiu no dia 11 de setembro, foram modificados e divulgados na rede mundial de computadores na forma de um texto que tenta convencer os leitores de que Cármen recomendou que as pessoas invistam em criptomoedas, por meio de uma determinada empresa.

Originalmente, a ministra, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conversou com a apresentadora Eliana Alves sobre literatura e sua paixão pelos livros. Já segundo o texto fraudulento, publicado em um site que simula um portal de notícias jornalísticas, Cármen teria revelado seus segredos de investimentos financeiros, recomendando o uso da plataforma Immediate Luminary.

Ainda segundo o texto fraudulento, a “revelação involuntária” da ministra “despertou uma onda de reações entre os espectadores” e, em razão do teor de suas declarações, a ministra estaria sendo processada pelo “Banco Nacional do Brasil” [sic]. O texto é praticamente o mesmo que, há algum tempo, atribuiu as mesmas declarações ao ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, e que ainda pode ser encontrado na internet, associado à mesma Immediate Luminary.

A Agência Brasil não identificou qualquer registro oficial da plataforma, mas, no site Reclame Aqui, há queixas registradas por pessoas que afirmam ter investido com a empresa após ler sobre ela na internet.

Em nota, a EBC afirma que o programa Trilha de Letras e a ministra foram alvos de uma notícia falsa que “distorce os fatos” e segue circulando na internet. “A EBC repudia veementemente o episódio e trabalha para combater a desinformação em todos os seus veículos”, afirma a empresa pública, reforçando que, ao participar da programação da TV Brasil, “Cármen Lúcia mostrou o seu lado escritora e apresentou o seu livro Direitos De Para Todos, além de sua relação com a literatura e outros escritores”, não fazendo qualquer menção a criptomoedas, conforme a íntegra da entrevista, disponível na internet, comprova.

A apresentadora Eliana Alves disse que ela e a equipe do programa e da EBC ficaram espantados ao tomarem conhecimento da Fake News envolvendo a participação da ministra no Trilha de Letras. “Sabemos que estas coisas estão disseminadas na sociedade, todo o tipo de desinformação, mentira e falsidade, mas é sempre chocante quando vemos nossos nomes envolvidos em coisas tão baixas. O diálogo [forjado] jamais aconteceu e jamais aconteceria. A forma de apresentação [do texto], inclusive, é muito mal feita. [Mesmo assim], há uma parcela da população que tende a acreditar e a disseminar este tipo de conteúdo”, declarou Eliana, defendendo que a desinformação deve ser combatida com informação de qualidade.

“Jamais estabeleceríamos um diálogo desses, que não tem nenhum cabimento. E, inclusive, a notícia é um tanto quanto copiada de uma outra, muito semelhante, que [envolveu] aconteceu com o ministro [da Fazenda] Fernando Haddad. Ou seja, quem tem um pouquinho de acuidade, de cuidado, e olha, vê que é uma replicação muito tosca”, concluiu a apresentadora.

G9: indígenas defendem demarcação para reduzir danos climáticos

O grupo que reúne representantes de povos originários dos nove países da Amazônia – o G9 – criado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), pede que, no relatório final da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), seja reconhecida a demarcação como medida de mitigação de mudanças climáticas. O evento será realizado entre 11 e 22 de novembro, em Baku, capital do Azerbaijão. 

A priorização do objetivo, que inclui a titulação de terras indígenas, foi destacada pelo coordenador-geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Toya Manchineri, que citou ainda a necessidade de um programa transfronteiriço para lidar com a complexidade de regiões nos limites de países.

Notícias relacionadas:COP16 cria órgão para atender povos indígenas e quilombolas .Na COP16, Marina Silva defende fundo para remunerar povos tradicionais.COP16 termina com atraso e sem acordo sobre formas de financiamento.Em entrevista à Agência Brasil, Toya Manchineri, que é membro do Comitê Indígena de Mudanças Climáticas (CIMC), explicou que o G9 foi concebido para ser um espaço de coalizão, que servirá para consolidar documentos que registrem o que os povos indígenas pensam sobre clima.

Pertencente ao povo manchineri, que vive no Acre, Toya faz parte da Câmara Técnica de Mudanças Climáticas do Comitê Gestor da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI).

Em reunião com parlamentares da Alemanha, Noruega e Dinamarca, os países do G9 abordaram a urgência de criação de um programa dirigido à fragilidade das fronteiras entre os países.

“No caso do Vale do Javari, por exemplo, as pessoas cometem crimes do lado do Brasil e fogem facilmente para o outro lado, onde o Estado brasileiro não consegue avançar. É necessário que a gente crie programas, mas também que os países possam trabalhar de forma conjunta para coibir esses ilícitos”, afirmou, referindo-se a uma região marcada por caça e pesca ilegais, disputas pela exploração de petróleo e tráfico de drogas internacional.

O líder que representa o Brasil ressaltou que a discussão sobre a criação do G9 começou há cerca de um ano, mas que divergências tiveram que ser resolvidas antes de seguirem com o projeto. Segundo ele, os estágios de demarcações são diferentes em cada país-membro, com alguns “até piores do que o do Brasil”, como é o caso do Suriname, país cuja região sul faz fronteira com o Brasil. 

O país vizinho conquistou sua independência da Holanda apenas recentemente, em 1975, e até hoje em sua Constituição faltam artigos que assegurem o direito dos povos originários a seus territórios. Lá, os ameríndios representam 2% da população, o dobro da de brancos (1%).

A Amazônia abrange o Brasil, o Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

No último dia 28, oito organizações representativas dos povos indígenas, incluindo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e a Coiab, divulgaram uma carta intitulada “A resposta somos nós”, em que reclamam a copresidência da COP que acontecerá no Brasil, justificando que, ao conceder mais poder aos indígenas, eles podem contribuir com o acúmulo de conhecimentos que têm. 

“A COP 30 será no nosso território. Não aceitaremos que as discussões aconteçam sem a devida consulta e participação das nossas vozes e autoridades”, declaram. 

“Não aceitaremos mais nenhum projeto de petróleo e gás e qualquer outra forma de exploração predatória na Amazônia brasileira, em nossos territórios e nossos ecossistemas. Não haverá preservação da biodiversidade e nem territórios indígenas seguros em um planeta em chamas”, diz outro trecho da carta. 

Dentro do contexto da COP, o Greenpeace Brasil enumerou aspectos que permeiam os debates da COP 29. A organização defendeu que haja um Novo Objetivo Coletivo Quantificado sobre Financiamento Climático (NCQG) para países em desenvolvimento, a triplicação de fontes de energia renovável até 2030, impor taxação a poluidores e o aumento de financiamento a países em desenvolvimento, para permitir medidas de adaptação, mitigação e perdas e danos. Com relação ao valor de financiamento público tido como ideal pela entidade, que entende que, sem financiamento, não há cumprimento do Acordo de Paris, o informado foi US$ 1 trilhão. 

Famup reúne prefeitos e bancada federal paraibana neste mês

A Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) e a Espacial Eventos realizam, nos dias 10, 11 e 12 de novembro, o evento ‘Novos Gestores Paraíba 2025-2028’, em João Pessoa, voltado apenas aos prefeitos e prefeitas eleitos para o mandato 2025-2028 nos municípios paraibanos. Durante o evento, além de uma programação com palestras e debates sobre temas que envolvem a administração municipal, os gestores eleitos participarão de uma reunião da bancada federal com a presença dos senadores e deputados federais paraibanos.

O evento, que não inclui os gestores reeleitos, tem o intuito de proporcionar uma imersão nas principais questões administrativas e legais que os novos gestores enfrentarão, sendo um espaço de debate, aprendizado e troca de experiências. “Essa é uma grande oportunidade para que os novos prefeitos e prefeitas iniciem seus mandatos de forma integrada com as boas práticas de governança, contando com o apoio e o conhecimento de especialistas e instituições fundamentais para o sucesso da gestão pública”, disse George Coelho, presidente da Famup.

Além dos novos gestores municipais, o evento vai contar com a presença dos principais órgãos de controle e fiscalização, como o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), o Ministério Público Estadual (MPPB), o Ministério Público Federal (MPF) e a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). As instituições desempenham papéis cruciais na governança pública e estarão presentes para orientar e discutir a gestão responsável dos recursos públicos e a transparência administrativa.

Empresas parceiras da Famup também marcarão presença, apresentando soluções tecnológicas e inovadoras destinadas à modernização do serviço público municipal. Essas inovações visam facilitar a gestão, promover a eficiência nos serviços prestados à população e otimizar o uso dos recursos públicos.

A Organização e Realização do ‘Novos Gestores Paraíba 2025-2028’ é da Famup e Espacial Eventos, e tem o apoio do Governo do Estado da Paraíba; Assembleia Legislativa da Paraíba; Confederação Nacional de Municípios (CNM) e do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB).

O evento tem ainda o patrocínio do Governo Federal; Caixa Econômica Federal; Banco do Brasil; Conplan; Futura Educação; Dunas Consultoria; Volter Energia Solar; Jac Elétrico; AP Form; Grupo ANT Saúde; Aprender Brasil; GovFacil; Fácil Tecnologia; Conselho de Biomedicina 2ª Região; PublicSoft; Sogo Tecnologia; Marcos Inácio Advogados e Portal de Compras Públicas.

Grupo é detido com sistema de clonar cartões em caixas de banco na Paraíba

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) da Paraíba prendeu, na tarde da última segunda-feira (4), em Caaporã, um grupo especializado em estelionato durante patrulhamento na BR-101. Dois homens e duas mulheres foram detidos após uma abordagem em um Chevrolet Cobalt. Ao realizarem a fiscalização, os policiais sentiram um forte odor característico de maconha.

De acordo com a corporação, os ocupantes não possuíam a documentação do veículo. Além disso, por meio de consultas aos sistemas de segurança, foi identificado que os dois homens de 45 e 39 anos, respectivamente, possuíam histórico criminal por estelionato e furto, com passagens pela polícia nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Sergipe.

Diante das suspeitas, foi realizada inspeção no veículo, momento em que os policiais encontraram um verdadeiro arsenal para a prática de crimes escondidos em meias. Foram apreendidas quatro máquinas de cartão de crédito e débito, além de dez equipamentos conhecidos como “chupa-cabra”, utilizados para clonar cartões em caixas eletrônicos. A quantia de R$ 3.693,00 em espécie também foi encontrada escondida no veículo.

Não foi localizada maconha. Contudo, o grupo informou para os policiais que as passageiras eram usuárias da droga.

Diante dos fatos, os dois homens e as duas passageiras, mulheres de 28 e 30 anos, respectivamente, foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Judiciária, onde foram autuados e poderão responder criminalmente por estelionato. As investigações prosseguem para identificar outras pessoas envolvidas e desvendar a origem das máquinas de cartão e dos equipamentos utilizados para a prática dos crimes.

Mais PB

Prefeitura de São José dos Cordeiros realiza sorteio de 50 casas populares

A Prefeitura de São José dos Cordeiros, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social, promoveu na última quinta-feira, 31 de outubro, o sorteio de 50 casas populares através do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal.

Essa iniciativa visa proporcionar habitação digna e segurança para 50 famílias do município, que foram selecionadas para receberem suas moradias próprias.

Durante o evento, representantes da gestão municipal reforçaram o compromisso da Prefeitura com o desenvolvimento social e a qualidade de vida dos Cordeirenses. O sorteio simboliza um passo importante na construção de uma cidade mais justa e inclusiva, onde o acesso à moradia é uma prioridade.

Essa conquista só foi possível graças ao trabalho dedicado da administração municipal e à parceria com o Governo Federal, destacando o empenho em garantir que mais cidadãos de São José dos Cordeiros tenham acesso a direitos fundamentais, como uma casa própria e segura.

Prefeito de Ouro Velho entrega Creche Pro Infância com investimento de R$ 1,7 milhão

Em uma manhã marcada pela celebração e pela presença de autoridades, o prefeito Augusto Valadares inaugurou, nesta terça-feira, dia 05 de novembro, a nova Creche Pro Infância Natalice de Sousa Lima, um investimento de R$ 1,7 milhão que promete transformar o acesso à educação infantil no município.

A unidade, projetada para atender 150 crianças com um ambiente seguro, acolhedor e totalmente equipado, já é considerada um marco para a educação e o desenvolvimento das crianças na região.

O evento de inauguração foi prestigiado pelo prefeito eleito, o médico Dr. Júnior, pelo vice-prefeito Paulo Júnior, pelos vereadores Val, dona Lurdes, Marta, Erivonaldo, Zilma e Careca, representantes de diversas secretarias municipais e um grande número de pais, que se reuniram para conhecer o novo espaço e demonstrar apoio a uma iniciativa tão relevante para a comunidade local.

A construção da creche faz parte de um compromisso da gestão atual com a expansão e a melhoria da educação, promovendo oportunidades de aprendizado e desenvolvimento desde a primeira infância.

Com uma infraestrutura moderna, a creche conta com salas amplas, refeitório, área de lazer e espaços pedagógicos que garantem o bem-estar e o desenvolvimento integral das crianças. Segundo a prefeitura, o objetivo é que cada criança tenha acesso a um ensino de qualidade em um ambiente preparado para atender suas necessidades físicas, emocionais e educativas.

Durante seu discurso, o prefeito Augusto Valadares destacou a importância do novo equipamento para a cidade e o impacto positivo na vida das famílias. “Essa creche representa mais do que um espaço físico; ela é um símbolo do nosso compromisso com o futuro de nossas crianças e com a construção de uma sociedade mais justa e preparada”, afirmou. “Cada criança que passa por aqui terá uma base sólida para crescer, aprender e realizar seus sonhos.”

A presença de vereadores e de membros da comunidade local reforça a relevância dessa entrega para o município, evidenciando a união em torno de um projeto voltado ao bem-estar social e ao futuro das próximas gerações.

Segundo a secretária adjunta de educação, Edjane Cabral, os alunos que estudam a creche Natalice, serão transferidos para a nova creche que estará funcionando nas próximas semanas, permitindo que mais famílias tenham acesso a um ambiente de ensino de qualidade.

De Olho no Cariri

Cariri em Ação

Exposição no Museu do Ipiranga reflete sobre emergência climática

Nova exposição no Museu do Ipiranga, localizado na capital paulista, aborda emergência climática e dá visibilidade ao processo de degradação ambiental e social ao longo do desenvolvimento do Brasil. A mostra Onde há fumaça: arte e emergência climática, que será aberta nesta terça-feira (5), propõe diálogo entre peças do acervo e obras contemporâneas, questionando o modelo de progresso do país.

Segundo o curador Vítor Lagoeiro, a exposição se propõe a olhar para o acervo do museu e entender como aquelas imagens já dão alguns indícios de como o país chegou ao cenário atual. “Muito do que a gente tem ali no museu são imagens que celebram uma forma de ocupação do território que foi muito pautada pelo latifúndio, trabalho escravo e pela monocultura. Estes são três pilares que contribuem para inaugurar a degradação ambiental que acontece no Brasil há tantos séculos”, disse à Agência Brasil.

Obras do acervo do Museu do Ipiranga revelam caminho que levou à devastação no país – Paulo Pinto/Agência Brasil

Notícias relacionadas:Seca: governo paga auxílio para pescadores da Região Norte.Itamar Vieira Junior: desinteresse de brasileiros pelos livros é mito.Histórias de vida em formato de cordel são tema de exposição em SP.Lagoeiro ressalta que o nome da exposição foi uma coincidência em relação às queimadas que atingiram o país neste ano. Na verdade, a origem do título remonta às situações retratadas nas antigas obras que já apontavam para um desfecho negativo. “O carro de boi puxando os troncos derrubados da floresta [na obra de Pedro Américo] já é um indício de uma devastação. Este é um exemplo muito bom do que foi o nosso exercício curatorial”, afirmou.

“São imagens muito romantizadas e, a princípio, inofensivas, mas, quando a gente começa a adentrar as imagens deste acervo, identifica troncos derrubados, fumaça, latifúndios. A gente começa a entender um pouco as estruturas e os gestos de destruição que estão ali representados”, afirmou.

No início do século 20, quando as imagens do museu foram produzidas, havia entusiasmo com aquele modelo de progresso, destacou a chefe da Divisão de Acervo e Curadoria do Museu do Ipiranga, Aline Montenegro Magalhães. “As imagens romantizam muito tal tipo de produção como uma etapa inescapável desse progresso. E as obras contemporâneas vêm dar uma resposta: olha onde a gente chegou com essas escolhas de desenvolvimento.”

Pinturas e fotografias de artistas que estão no acervo, como Benedito Calixto e Henrique Manzo, dialogam com trabalhos de Alice Lara, André Vargas, Bruno Novelli, Davi de Jesus do Nascimento, Anderson Kary Bayá, Jaime Lauriano, Luana Vitra, Mabe Bethônico, Roberta Carvalho, (Se)cura Humana, Uýra Sodoma e Xadalu Tupã Jekupé. A curadoria é do Micrópolis, grupo formado pelos arquitetos e pesquisadores Felipe Carnevalli e Marcela Rosenburg, além de Vítor Lagoeiro, junto à equipe do museu.

Independência e Morte

Uma releitura de Independência ou Morte (1888), de Pedro Américo, obra mais popular do Museu do Ipiranga e presente em livros didáticos, abre a exposição, já apresentando os temas que guiaram a curadoria. Intitulada Independência e Morte (2022), a obra de Jaime Lauriano substitui os símbolos e gestos de heroísmo patriótico por efeitos das tragédias ambientais decorrentes do rompimento recente de barragens de mineração no país, além de usar frases que remetem aos problemas ambientais.

“A lama intoxicada do rompimento das barragens que varre aquela paisagem tem algumas menções que foram muito difundidas no campo político recente na história do Brasil, como ‘passa boi, passa boiada’. E também traz alguns elementos que mostram tensionamentos de luta, de movimentos sociais. É como se fosse aquela paisagem alguns anos depois, no que aquele projeto de país resultou”, detalhou Vítor Lagoeiro.

De acordo com o curador, a exposição é bastante diversa em termos de linguagem, com pinturas, fotografias, obras em vídeo, instalações, esculturas, além de arquivos e documentos. “Há também alguns grupos de pesquisadores, ativistas e coletivos [na exposição] que atuam de outra forma, não através da arte. Tem alguns objetos que representam um pouco dessas práticas, como os meliponários dos Guarani aqui em São Paulo, que são estratégias de recuperar a presença das abelhas no território”, acrescentou.

Ampliação do debate

Para Lagoeiro, essa característica propicia a ampliação do debate sobre os assuntos tratados na mostra. O público terá acesso a trabalhos dos pesquisadores Ed Hawkins, cientista britânico do clima, criador das espirais climáticas e riscas de aquecimento, e Eduardo Góes Neves, arqueólogo brasileiro atuante na Amazônia; e dos ativistas, projetos e movimentos sociais Assentamento Terra Vista, Márcio Verá Mirim, Redes da Maré e Hãmhi Terra Viva.

Aline Magalhães ressalta que a narrativa do museu é celebrativa e remete aos primeiros anos de funcionamento da unidade, com uma versão hegemônica dos acontecimentos. “Os contrapontos colocados nessa exposição trazem outras vozes e outras histórias, de comunidades quilombolas e indígenas, outras formas de entender e de ocupar o território. Quando se gente coloca o acervo histórico do museu com obras contemporâneas, a gente fortalece a linguagem do contraponto, ampliando as formas de contar a história e também o olhar crítico sobre essa história.”

Ela lembra que Independência e Morte, de Lauriano, é um quadro produzido no âmbito das comemorações do Bicentenário da Independência, justamente quando o quadro de Pedro Américo estava em mais evidência. “A releitura nos traz um olhar bastante preocupante e preocupado com este país que completa 200 anos de independência em uma situação de morte. Ele troca ‘ou’ por ‘e’ para criticar as escolhas que, em 200 anos, estão mais contribuindo para uma situação de morte e devastação do que para uma independência.”

Estrutura da mostra

Na mostra, peças do acervo do museu fazem contraponto a obras contemporâneas – Paulo Pinto/Agência Brasil

A exposição está dividida em cinco núcleos: Monocultura, que mostra como a prática moldou o território brasileiro e a relação direta com a escravidão; Pavimentação, que aborda a urbanização do território paulista até a persistência das vidas que resistem nesse contexto; Transbordamentos faz referência a tentativas históricas de controle dos cursos d’água e suas consequências; Domesticação evidencia a extinção de espécies como um sintoma da emergência climática e Força geológica trata do impacto humano na transformação geológica da terra, em que as obras registram atividades como mineração e desmatamento e os desastres ambientais gerados por elas.

O núcleo Força geológica apresenta também práticas de incentivo à biodiversidade e ao manejo sustentável do solo.

Com entrada gratuita, a exposição temporária Onde há fumaça: arte e emergência climática fica em cartaz até 28 de fevereiro do próximo ano. O Museu do Ipiranga está localizado na Rua dos Patriotas, 100.

Preparativos: Prefeita Anna Lorena reforça convite para mais uma edição da Expo Monteiro

Após o belo evento de lançamento da programação da Expo Monteiro realizado no gabinete da gestora, Anna Lorena cumpre extensa agenda e acompanha os preparativos deste grande evento.

Realizado de 06 a 10 de Novembro pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Agricultura e apoio da Secretaria de Cultura e demais órgãos municipais, a exposição conta com a parceria total do: SEBRAE CARIRI, EMPREENDER-PB, Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Agropecuária da Pesca, Governo do Estado da Paraíba, FAEPA/SENAR- PB, APACCO- Associação Paraibana dos Criadores de Caprinos e Ovinos e JUNTOS PELO AGRO, FAEPA, Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, Ministério da Agricultura e Pecuária, projeto Bom é na Feira, Cisco, Parque Tecnológico da Paraíba,  e Sistema OCB.

A programação conta de torneios de ordenha: feminino, infantil, municipal marrã, municipal jovem e municipal adulto, além de atrações musicais, Festival de Violeiros, Festival Gastronômico, Exposições de peças e desfile de moda enaltecendo as tradições do Cariri paraibano e a atividade agropecuária e cultural na região.

Também durante a Expo Monteiro 2024, o Sebrae/PB vai oferecer ao público palestras gratuitas, com foco em empreendedorismo e gestão de negócios na área da caprinovinocultura.
Toda a estrutura da EXPO MONTEIRO 2024 já está em fase adiantada de conclusão, sendo montada no tradicional espaço do Parque de Eventos Dejinha de Monteiro.

“Queremos com a Expo Monteiro, elevar a importância das cadeias produtivas que estarão sendo destacadas na EXPO MONTEIRO 2024. Este é um evento de grande importância para a economia e turismo local e regional, sendo um dos eventos mais relevantes do calendário anual do município e da região”, comentou a prefeita Anna Lorena.

Relatório do TCE destaca Gurjão como exemplo em transparência na gestão pública

O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) divulgou o Relatório de Análise da Transparência da Gestão Pública e de Acesso à Informação, que avalia o desempenho dos 223 municípios paraibanos no cumprimento das normas de transparência e acesso aos dados públicos. Entre os destaques do ranking, Gurjão se sobressaiu com uma pontuação excelente, alcançando 100% de avaliação e cumprindo rigorosamente todos os requisitos de transparência fiscal, incluindo planejamento, contratos, licitações, convênios, receitas e despesas.

Esse relatório é uma das iniciativas do TCE-PB para promover a responsabilidade e o acesso à informação em todas as esferas municipais, incentivando a adesão à Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011) e à Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000). Com essa análise, o Tribunal busca garantir que a população possa acompanhar a gestão dos recursos públicos e identificar quais prefeituras cumprem com excelência os critérios estabelecidos, como é o caso de Gurjão.

O prefeito de Gurjão, José Elias, comemorou o resultado e ressaltou que a transparência é um dos pilares da sua gestão. “Nosso objetivo é fazer uma gestão próxima da população, fazendo com que todos tenham acesso às informações de nossa administração. Estamos cumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal e contamos com uma equipe esforçada que garante que os dados estejam sempre atualizados. Tudo isso fortalece a confiança do povo de Gurjão na nossa gestão. Nosso município é exemplo de boa governança, o que é atestado por todos os órgãos fiscalizadores”, afirmou o prefeito.

Além da excelente avaliação de Gurjão, o relatório também apresenta um índice de evolução de transparência, que ajuda a monitorar o progresso dos municípios ao longo dos anos. Gurjão sempre trabalha com agilidade na publicação das informações para garantir a transparência e a integridade de todo o processo fiscal no município.