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Moradores registram ‘chuva preta’ no Rio Grande do Sul; fenômeno é provocado por fumaça de incêndios

Balde com água escura após ‘chuva preta’ no Sul do RS. (Foto: Izaura Plantikow/Débora Rodrigues/Carol Vianna/ RBSTV) Moradores de cidades da Região Sul do Rio Grande do Sul registraram o fenômeno da “chuva preta”. Os relatos s

Por admin

12/09/2024 06h15 Atualizado recentemente
Balde com água escura após ‘chuva preta’ no Sul do RS. (Foto: Izaura Plantikow/Débora Rodrigues/Carol Vianna/ RBSTV)

Moradores de cidades da Região Sul do Rio Grande do Sul registraram o fenômeno da “chuva preta”. Os relatos são de cidades como Arroio Grande, São Lourenço do Sul, Pelotas e São José do Norte e a chuva teria acontecido na segunda-feira (9).

“A ‘chuva preta’ é o resultado da chuva normal, que está caindo das nuvens, mas que está passando por uma atmosfera muito carregada de fumaça”, explica.

A previsão de chuva para os próximos dias pode provocar o fenômeno em outras partes do estado.

“Durante esta quarta (11), quinta (12) e sexta-feira (13), com o deslocamento desta frente fria no Sul, nós vamos ter chuva. E com toda essa fumaça que está no Sul do Brasil, sim, nós poderemos ter a ocorrência de ‘chuva preta’ em vários locais dos três estados do Sul, inclusive em Porto Alegre, que está com muita fumaça”, afirma a meteorologista.

O climatologista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Francisco Aquino já alertava para essa possibilidade, resultado de uma combinação de fatores climáticos adversos, como: redução da umidade do ar, as ondas de calor e o bloqueio atmosférico.

“Em especial, quem capta a água da chuva vai identificar a água com a coloração diferente com o material depositado junto”, disse o climatologista ao g1 no dia 5 de setembro.

Sol alaranjado

O sol com tons alaranjados em contraste com o céu cinza tem chamado a atenção dos moradores de Porto Alegre nos últimos dias. Conforme Guilherme Borges, da Climatempo, a condição se dá pela interação dos raios solares com a fumaça originada nas queimadas florestais que chegou ao RS e, quanto maior a inclinação dos raios, mais forte é a tonalidade.


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De acordo com a empresa suíça IQ Air, a qualidade do ar em Porto Alegre nesta terça-feira (10) está “insalubre”. A classificação varia entre “Bom”, “Moderado”, “Insalubre para grupos sensíveis”, “Insalubre”, “Muito insalubre” e “Perigoso”.

A concentração de partículas de até 2,5 micrômetros (PM2.5) na capital está quase 12 vezes acima do índice recomendado pelas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). O diâmetro dessas partículas é algo muito menor que um fio de cabelo, por exemplo. Por causa desse tamanho reduzido, elas são capazes de ser inaladas e penetrar profundamente nos pulmões.

Concentração de poluentes pode modificar cor da lua

A cor do sol está diretamente associada com a poluição e tem implicações na saúde. O corredor de fumaça formado a partir das queimadas que atingem diferentes estados brasileiros, especialmente Amazonas, Pará e Mato Grosso, se deslocou por milhares de quilômetros e chegou ao território gaúcho.

Além de alterar as cores do pôr do sol, a alta concentração de poluentes pode modificar também a cor da lua. A mudança é reflexo da poluição e dos incêndios, que se multiplicam com o tempo mais seco.

Assim, quanto mais poluído o ar, mais vermelho é o tom da lua. E quanto mais ao horizonte a lua se encontrar, mais vermelha vai parecer, por conta do reflexo da luz nas partículas de poluição.

Por g1 Rio Grande do Sul

Publicado de forma automática pelo integrador de notícias, originalmente foi publicado pelo https://opipoco.com.br

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