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PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Rua Barão do Triunfo (antiga Estrada do Carro) – Por Sérgio Botelho

A atual rua Barão do Triunfo faz parte dos esforços mais antigos dos habitantes da cidade da Parahyba em traçar caminhos entre a parte baixa da cidade, o Varadouro, e a de cima, representada pelas ruas Nova, Direita, Largo do Rosário (atual Ponto

Por admin

09/08/2024 07h50 Atualizado recentemente

A atual rua Barão do Triunfo faz parte dos esforços mais antigos dos habitantes da cidade da Parahyba em traçar caminhos entre a parte baixa da cidade, o Varadouro, e a de cima, representada pelas ruas Nova, Direita, Largo do Rosário (atual Ponto de Cem Reis) e Largo da Igreja do Colégio (hoje, Praça João Pessoa).

Uma dessas picadas atendia pelo nome de Estrada do Carro, ligando a atual Praça Napoleão Laureano (vale dizer, a Estação Ferroviária) e a também atual Praça Pedro Américo (antigo Campo do Conselheiro Diogo), onde pontificam o Teatro Santa Roza, o velho Quartel da PM, antigo Correios e Telégrafos e o ex-Comando Militar da PM.

Então, na João Pessoa contemporânea, ganhando o destino da Lagoa do Parque Solon de Lucena, e daí em diante. Suas construções mais vistosas, nos dias de hoje, são a que serve de endereço à Capitania dos Portos, a da Academia Paraibana de Poesia, um belo espécime físico do casario pessoense de outras época, onde já funcionou o jornal Correio da Paraíba, e a que abrigou o Banco do Povo, e depois a Codata, prédio vizinho de esquina com o da Marinha, afora um marcante casario.

Mas já abrigou a matriz do Banco do Estado da Paraíba (Paraiban). Foi a Barão do Trunfo uma espécie de cartão de visitas a toda a gente que vinha do interior do estado, incluindo retirantes das secas, nos tempos em que o trem possuía estações nas mais diversas regiões da Parahyba do Norte.

Barão do Triunfo, que virou homenageado a partir do final do Século XIX, após dada por finda a Guerra do Paraguai, nasceu José Joaquim de Andrade Neves, em Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, e foi um dos oficiais-generais envolvidos com a mencionada guerra, entre 1864 e 1870, tendo ele morrido em Assunção, nos idos de 1869, após ferido de morte.

O sistema de bondes, desde o tempo em que o veículo se deslocava por tração animal, usava a Barão do Triunfo, juntamente com a rua da Areia, a Conde d’Eu (Maciel Pinheiro) e a Rua do Fogo (Guedes Pereira), em seu trajeto, na chamada Linha do Comércio.


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Na primeira metade do Século XX, naquela artéria funcionaram, em diversos períodos, casas de residência, escritórios de advocacia, pensões, comércio, consultórios médicos e instituições da sociedade civil. É grande a importância histórica do conjunto de logradouros que compõem a parte mais próxima do rio Sanhauá, onde nasceu a cidade, como é o caso da Barão do Triunfo.

São espaços urbanos que não se restringem a simples marcos geográficos, mas verdadeiros testemunhos da evolução urbana de João Pessoa. Cada rua, beco, travessa e praça carrega consigo histórias de épocas passadas, refletindo a trajetória arquitetônica e social da cidade.

Nas imagens, a Barão do Triunfo, a partir da Praça Napoleão Laureano, o prédio da Capitania dos Portos, o do antigo Banco do Povo e Codata, e o da Academia Paraibana de Poesia)

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba

Publicado de forma automática pelo integrador de notícias, originalmente foi publicado pelo https://www.polemicaparaiba.com.br

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