Continuando com a série trimestral do Polêmica Paraíba de comparativos das atividades de parlamentares paraibanos, desta vez serão comparados os deputados federais que representam o estado na Câmara dos Deputados.

Serão mostrados os dados de produtividade (matérias apresentadas), assiduidade (presenças e faltas em sessões e votações), quantidade de discursos no plenário e percentual gasto da Cota Parlamentar que cada um tem direito ao longo do segundo trimestre de 2024. Os dados foram obtidos no site oficial da Câmara dos Deputados.

Discursos

Foram 11 semanas com sessões na Câmara durante o período avaliado. Portanto, a “meta” de discursos para esse comparativo é de 11, uma vez que será avaliado quantos discursos por semana o parlamentar proferiu.

Assim, caso o deputado tenha se pronunciado pelo menos uma vez por semana entre as 11 semanas, terá nota 10. Caso tenha feito menos que isso, sua nota será proporcional entre essa quantidade e a meta.

Por exemplo, se o político discursou pelo menos uma vez a cada semana, ele terá nota 10. Caso tenha discursado em cinco das 11 semanas, terá nota 4,54 (5 equivale a 45,4% de 11).

Matérias apresentadas

Para calcular a nota no quesito matérias apresentadas, foi definido pelo Polêmica Paraíba a “meta” de 10% ou mais das matérias apresentadas pelos deputados serem autorais, ou seja, apresentadas apenas por eles, sem co-autoria. Novamente, caso alcance ou ultrapasse a meta, a nota do político será 10. Caso contrário, a nota será proporcional entre a quantidade obtida e a meta.

Por exemplo, um parlamentar que apresentou 30 matérias ao longo do trimestre e cinco delas foram autorais, terá nota 10, já que 10% de 30 é 3 e o político apresentou cinco matérias autorais. No entanto, caso ele tivesse apresentado apenas duas autorais dentre as 30, sua nota seria 6,66 (2 equivale a 66,6% de 3).

Presença em sessões e votações

Já com relação às presenças, tudo será calculado usando a proporção entre o total de sessões do trimestre e a frequência de cada parlamentar. Será feita uma divisão igual do número de sessões para saber quantos pontos o político obteve com a presença em cada uma. Quando estiver ausente, não somará pontos, e se tiver uma ausência justificada, receberá a metade do que receberia caso estivesse presente.

Assim, por exemplo, se durante o período avaliativo aconteceram 15 sessões e o político participou de todas, naturalmente terá nota 10. Caso um deputado tenha ido para sete sessões, terá nota 4,66. Se um terceiro deputado tivesse ido para também sete sessões, mas justificado três de suas ausências, teria nota 5,66.

A conta é a seguinte: como cada presença ‘equivale’ a 0,66 ponto, já que foi dividido a nota máxima 10 pelo total de sessões 15, esse deputado terá a nota 4,66 pelas presenças (multiplica 7 por 0,66). Já uma ausência justificada ‘equivale’ a 0,33 ponto, a metade de uma presença. Como ele teve três ausências justificadas, terá nota 1 por elas. No fim, é somado o 4,66 com 1 para obter a nota final 5,66.

A mesma contabilidade, com os mesmos critérios, será feita para calcular a presença e ausência em votações.

Gastos

Por último, estão os gastos com a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), que é o valor destinado ao ressarcimento de despesas dos deputados efetuadas no exercício da atividade parlamentar. A despesa realizada pelo parlamentar é ressarcida pela Câmara dos Deputados, mediante comprovação e até o valor limite mensal estabelecido.

Esse valor varia para cada estado, e está atualmente fixado em R$ 47.826,36 para os paraibanos. A cota é acumulativa, ou seja, se no fim de um mês existir saldo remanescente, o deputado pode usar esse montante restante em outro mês subsequente. Por isso, pode acontecer de em um mês o político ter ultrapassado o valor mensal.

Como são três meses de avaliação, para este critério, o limite mensal fixo será multiplicado por três, totalizando R$ 143.479,08. Se a soma do que ele gastou nos três meses superar essa conta anterior, sua nota será zero. Ele irá obter pontos proporcionalmente a quanto economizou no período.

Por exemplo, supondo que um deputado gastou R$ 150 mil no somatório dos três meses, como ultrapassou o limite de R$ 143.479,08, sua nota será zero. Mas caso ele tenha gasto R$ 80 mil, terá consequentemente economizado R$ 63.479,08, e sua nota será 4,42 (o valor economizado representa 44,2% do montante de R$ 143.479,08).

Confira os dados dos deputados, já na ordem por sua nota, referentes ao segundo trimestre de 2024:

1º – Gervásio Maia (PSB)

7 semanas com discursos (“meta” é 11): nota 6,36

87 matérias apresentadas, sendo 14 autorais: nota 10

Presença em 25 sessões de um total de 25: nota 10

Participou de 51 votações, de um total de 55: nota 9,44

Gastou R$ 68.031,40 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 75.447,68): nota 5,25

Nota final: 8,21

2º – Luiz Couto (PT)

10 semanas com discursos (“meta” é 11): nota 9,09

90 matérias apresentadas, sendo 45 autorais: nota 10

Presença em 25 sessões de um total de 25: nota 10

Participou de 54 votações, de um total de 55: nota 9,81

Gastou R$ 116.073,52 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 27.405,56): nota 1,91

Nota final: 8,16

3º – Cabo Gilberto (PL)

9 semanas com discursos (“meta” é 11): nota 8,18

154 matérias apresentadas, sendo 111 autorais: nota 10

Presença em 25 sessões de um total de 25: nota 10

Participou de 50 votações, de um total de 55: nota 9,09

Gastou R$ 108.304,20 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 35.174,88): nota 2,45

Nota final: 7,94

4º – Damião Feliciano (União)

2 semanas com discursos (“meta” é 11): nota 1,81

7 matérias apresentadas, sendo 1 autoral: nota 10

Presença em 19 sessões de um total de 25 (5 ausências justificadas): nota 8,6

Participou de 47 votações, de um total de 55 (5 ausências justificadas): nota 9

Gastou R$ 59.636,37 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 83.842,71): nota 5,84

Nota final: 7,05

5º – Romero Rodrigues (Podemos)

1 semana com discursos (“meta” é 11): nota 0,9

92 matérias apresentadas, sendo 14 autorais: nota 10

Presença em 25 sessões de um total de 25: nota 10

Participou de 52 votações, de um total de 55: nota 9,45

Gastou R$ 89.425,15 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 54.053,93): nota 3,76

Nota final: 6,82

6º – Ruy Carneiro (Podemos)

4 semanas com discursos (“meta” é 9): nota 4,44

19 matérias apresentadas, sendo 6 autorais: nota 10

Presença em 15 sessões de um total de 21 (6 ausências justificadas): nota 8,57

Participou de 17 votações, de um total de 53 (23 ausências justificadas): nota 5,37

Gastou R$ 73.596,06 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 69.883,02): nota 4,87

Nota final: 6,65

Observação: Ruy Carneiro solicitou licença do mandato em 17 de junho, e por isso, suas metas são menores em comparação aos demais.

7º – Murilo Galdino (Republicanos)

2 semanas com discursos (“meta” é 11): nota 1,81

17 matérias apresentadas, sendo 8 autorais: nota 10

Presença em 24 sessões de um total de 25 (1 ausência justificada): nota 9,8

Participou de 46 votações, de um total de 55 (2 ausências justificadas): nota 8,54

Gastou R$ 111.176,55 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 32.302,53): nota 2,25

Nota final: 6,48

8º – Mersinho Lucena (PP)

2 semanas com discursos (“meta” é 11): nota 1,81

33 matérias apresentadas, sendo 29 autorais: nota 10

Presença em 23 sessões de um total de 25 (2 ausências justificadas): nota 9,6

Participou de 35 votações, de um total de 55: nota 6,36

Gastou R$ 94.043,56 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 49.435,52): nota 3,44

Nota final: 6,24

9º – Hugo Motta (Republicanos)

2 semanas com discursos (“meta” é 11): nota 1,81

42 matérias apresentadas, sendo 4 autorais: nota 9,52

Presença em 14 sessões de um total de 25 (11 ausências justificadas): nota 7,8

Participou de 19 votações, de um total de 55 (20 ausências justificadas): nota 5,27

Gastou R$ 71.291,89 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 72.187,19): nota 5,03

Nota final: 5,88

10º – Wilson Santiago (Republicanos)

2 semanas com discursos (“meta” é 7): nota 2,85

13 matérias apresentadas, sendo nenhuma autoral: nota 0

Presença em 14 sessões de um total de 15 (1 ausência justificada): nota 9,66

Participou de 33 votações, de um total de 38: nota 8,68

Gastou R$ 69.691,88 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 95.652,72 (economizou R$ 25.960,84): nota 2,71

Nota final: 4,78

Observação: Wilson Santiago retornou de licença do mandato em 14 de maio, e por isso, suas metas são menores em comparação aos demais.

11º – Wellington Roberto (PL)

Nenhuma semana com discursos (“meta” é 11): nota 0

19 matérias apresentadas, sendo nenhuma autoral: nota 0

Presença em 25 sessões de um total de 25: nota 10

Participou de 44 votações, de um total de 55: nota 8

Gastou R$ 72.090,51 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 71.388,57): nota 4,97

Nota final: 4,59

12º – Aguinaldo Ribeiro (PP)

1 semana com discursos (“meta” é 11): nota 0,9

3 matérias apresentadas, sendo nenhuma autoral: nota 0

Presença em 22 sessões de um total de 25 (3 ausências justificadas): nota 9,4

Participou de 21 votações, de um total de 55 (1 ausência justificada): nota 3,9

Gastou R$ 103.121,97 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 40.357,11): nota 2,81

Nota final: 3,4

Publicado de forma automática pelo integrador de notícias, originalmente foi publicado pelo https://www.polemicaparaiba.com.br