Skip to main content

PARAHYBA DO NORTE E SUAS HISTÓRIAS: Festa de São Miguel em Baía da Traição – Por Sérgio Botêlho

A presença da religião católica entre os indígenas brasileiros remonta da conquista do Brasil pelos portugueses. Primeiro, chegavam os soldados; na sequência, os padres. À medida que as igrejas foram sendo construídas, e a nova doutrina ensina

Por admin

28/06/2024 07h35 Atualizado recentemente

A presença da religião católica entre os indígenas brasileiros remonta da conquista do Brasil pelos portugueses. Primeiro, chegavam os soldados; na sequência, os padres. À medida que as igrejas foram sendo construídas, e a nova doutrina ensinada, os naturais da terra foram assimilando, ao menos em parte, os valores cristãos.

Assim, unindo crenças próprias às do cristianismo europeu, e vencidos pelo maior poderio bélico dos portugueses, os indígenas terminaram assentados em limitadas faixas de terra, aqui e acolá dotadas de uma igreja, no correr do tempo. Foi o que aconteceu nas terras paraibanas.

Após a conquista definitiva da Capitania da Paraíba, em 1585, a resistência dos potiguaras, antigos proprietários, até continuaram, mas foram minguando até serem reunidos em aldeias espalhadas pelos atuais municípios de Baía da Traição, Rio Tinto e Marcação, principalmente.

Como resultado do roteiro traçado pelos conquistadores, a maioria das aldeias indígenas desses municípios tem santo padroeiro próprio, festejado cada um em sua data, com grande contentamento.

É quando os índios celebram a vida e agradecem vitórias alcançadas na luta pela preservação das reservas, historicamente ameaçadas por gente exclusivamente interessada em lucrar com elas.

Apesar dos vários santos, o mais festejado deles é São Miguel Arcanjo, tido como protetor de todos os potiguaras, e da própria Baía da Traição. Então, famílias indígenas e não indígenas da região se locomovem até a Aldeia de São Miguel, para as festas profanas e o novenário, entre os dias 20 e 29 de setembro. A festa acontece desde 1703.


Confira também: .

Tida como a mais antiga das capelas erguidas nos atuais territórios indígenas da Paraíba, construída entre os séculos XVII e XVIII, a Igreja de São Miguel, tombada pelo patrimônio histórico, está em ruínas. No entanto, os indígenas conseguiram recuperar boa parte do mobiliário e utensílios da igreja original, erguendo, então, uma nova igrejinha, dando continuidade às homenagens.

Nessa conformidade, o visitante tem a oportunidade de conviver com os descendentes potiguaras e seus costumes. De quebra, visitar locais de impressionante beleza e significação histórica, como também aproveitar os rios e os ambientes naturais preservados, entre os quais, as praias de Baía da Traição, unindo, assim, a fruição espiritual, o conhecimento histórico e o exercício do prazer.

A imagem, divulgação do governo da Paraíba (Trilha dos Potiguaras), mostra a velha e a nova igreja de São Miguel, em Baía da Traição.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba

Publicado de forma automática pelo integrador de notícias, originalmente foi publicado pelo https://www.polemicaparaiba.com.br

Comentários (0)

Nenhum comentário ainda!

Your Email address will not be published.