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Monteiro inicia atividades do Maio Laranja e mobiliza sociedade contra o abuso e à exploração sexual infanto-juvenil

A Prefeitura Municipal de Monteiro, através da Secretaria de Desenvolvimento e Ação Social iniciou as ações do Maio Laranja, com o objetivo de mobilizar a sociedade contra o abuso e a exploração sexual infanto-juvenil.

Os números do Instituto Liberta são dramáticos e reforçam a importância e a necessidade de ações como o Maio Laranja. A cada hora três crianças são abusadas no Brasil e cerca de 51% delas têm entre 1 e 5 anos. Todos os anos, 500 mil crianças e adolescentes são explorados sexualmente no país e só 7,5% dos dados chegam a ser denunciados às autoridades. Segundo os órgãos de segurança e proteção à infância e adolescência, os números reais são muito maiores.

A Secretária de Desenvolvimento e Ação Social, Joedna Félix, disse que “Estamos lidando com um tema extremamente delicado e urgente, que não pode ser ignorado”. Ninguém reconhece um pedófilo ou um abusador apenas olhando – não existe um aviso estampado na testa dizendo ‘eu sou pedófilo’ ou ‘eu sou abusador’. Essas pessoas podem estar em qualquer lugar”.

A Secretaria de Desenvolvimento e Ação Social, orienta que a prevenção é uma das principais formas de combate à violência sexual infantil. Atenção aos sinais comportamentais, como o isolamento social e a hipersexualização, pode indicar que a criança foi vítima de abuso.

 

OPIPOCO

Filiado ao União Brasil, prefeito de São João do Cariri declara apoio a João Azevedo para o Senado

O prefeito de São João do Cariri, Chico de Eulina, anunciou que já tem definido um de seus votos para o Senado Federal nas eleições do próximo ano. Segundo ele, o apoio será para o governador João Azevedo, caso este decida disputar uma vaga no Senado.

Em entrevista, Chico afirmou que o voto é um gesto de reconhecimento e gratidão pelas ações desenvolvidas por João Azevedo em toda a Paraíba, especialmente na região do Cariri e no município que administra.

“É um voto de gratidão e reconhecimento pelo que ele tem feito não só por São João do Cariri, mas por toda a Paraíba”, declarou o prefeito.

Além de João Azevedo, Chico também declarou apoio ao atual senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que disputará à reeleição.

O prefeito destacou que essa decisão já está tomada e será seguida por seu grupo político nas eleições de 2026.

Adriano Galdino se mantém na disputa para 2026, mas reconhece que Hugo Motta une base do governo

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado Adriano Galdino (Republicanos), reafirmou, nesta quarta-feira (8), durante entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio Correio de João Pessoa, que seu nome está à disposição do Republicanos e a da situação para disputar o Governo do Estado nas eleições estaduais de 2026, mas admitiu que no momento o seu colega de partido está em vantagem para disputar o cargo.

“Na verdade, eu quero ser governador ontem, hoje e amanhã. E quero ser candidato também. Mas, eu tenho que ter a humildade e a compreensão e o equilíbrio de que Hugo reúne as melhores condições, é o melhor nome do momento dentro do Republicanos, como também dentro da base do governo. Ele é o melhor nome dentro da base do governo, como também é o melhor nome dentro do Republicanos”, ratificou.

“Então, querer ser candidato a governador. Eu quero, tenho coragem para isso e se a missão chegar para mim eu vou cumprir com a maior boa vontade do mundo. Agora eu tenho que ter a humildade e a compreensão que nesse momento o melhor nome para o Republicano e para a base do governo é o nome de Hugo Moro. Ele reúne toda a base”, acrescentou o presidente da ALPB.

Adriano afirmou que Hugo consegue, inclusive, atrair nomes da oposição para a sua candidatura a governador. “Ele adentra também na oposição. Tem várias declarações de companheiros da oposição de que se Hugo for o candidato governador irão marchar conosco. Então, Hugo também adentra na oposição”, observou.

O presidente da ALPB chegou a lembrar que Hugo Motta está sendo cogitado até para ser candidato a vice-presidente da República pela mídia nacional em possíveis chapa com o presidente Lula (PT); o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos); e governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). “Isso mostra a grande e força política dele”, concluiu.

Prefeitura de São Vicente do Seridó esclarece sobre julgamento das contas 2022 no TCE, aponta detalhe contábil e confiança na aprovação

A Prefeitura Municipal de São Vicente do Seridó divulgou, nesta quarta-feira (07), uma nota de esclarecimento à população após o julgamento das contas referentes ao exercício de 2022 pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB).

De acordo com a nota, todos os itens das contas foram aprovados, com exceção de um único ponto: a não comprovação do percentual mínimo de investimentos em educação, o que resultou na reprovação formal das contas. A gestão explicou que a questão foi estritamente técnica, causada pela não contabilização de determinados investimentos educacionais pela equipe contábil, o que gerou um pequeno desvio no percentual exigido por lei.

A administração municipal ressaltou que não houve qualquer indício de má-fé ou irregularidade dolosa, tratando-se apenas de uma falha contábil pontual. Diante disso, a Prefeitura já entrou com recurso de reconsideração, apresentando os documentos e esclarecimentos necessários ao Tribunal.

Na nota, a gestão demonstra total confiança na reversão da decisão, citando que o próprio TCE-PB já reviu e aprovou contas de outros municípios paraibanos em situações semelhantes, após análise mais detalhada.

Confira abaixo a nota divulgada pela Prefeitura Municipal:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Prefeitura Municipal de São Vicente do Seridó vem através desta nota informar que, nesta quarta-feira (07), o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) julgou as contas do exercício de 2022 da gestão municipal. Todos os itens foram aprovados, com exceção de um ponto: a não comprovação do percentual mínimo de investimentos em educação, ensejando na desaprovação das contas 2022.

Esclarecemos que esse problema ocorreu devido à não contabilização de alguns investimentos educacionais no balancete contábil, o que levou, por conta de uma pouca porcentagem à reprovação das contas por esse único motivo. Afastando qualquer tipo de ilegalidade dolosa da gestão.

Logo após a decisão, gestão já adotou as providências legais com o recurso de reconsideração, apresentando os dados para esclarecer o único ponto contestado. Casos semelhantes a esse já ocorreram na corte e foram revistos pelo próprio TCE-PB, com aprovação das contas após nova análise.

Confiamos tranquilamente na reversão da decisão e reafirmamos nosso compromisso com a responsabilidade fiscal e a transparência na gestão pública.

Prefeitura Municipal de São Vicente do Seridó.

Paraíba Mix

Prefeito Manezinho recebe o vice-governador Lucas Ribeiro e solicita pleitos para o município de Sumé

Após a entrega de 15 unidades habitacionais no município de Sumé na manhã de sábado (3), o prefeito Manezinho Lourenço, o vice-prefeito, dr. Francisco Braz e a secretária de Saúde, Ednalva Libânio reuniram-se com o vice-governador do Estado, Lucas Ribeiro, e o secretário estadual do Esporte, Juventude e Lazer, Lindolfo Pires, para tratar diretamente sobre algumas demandas para Sumé. Na pauta, Manezinho entregou oficialmente pleitos como:

– A cessão do prédio da Escola Desembargador Feitosa Ventura para o município;

– Renovação do convênio do Hospital Alice de Almeida com aporte de recursos maior;

– Emenda de custeio para a Saúde por intermédio da senadora Daniela Ribeiro;

– Recursos para o programa “Antes que Aconteça” (idealizado pela senadora Daniela). Sumé foi o primeiro município a aderir ao programa.

Por fim, Manezinho também tratou sobre o Açude do Formigueiro e o vice-governador conversou por telefone com o secretário de Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga, que afirmou a construção do açude do Formigueiro será por meio do Programa Paraíba 25-26.

O encontro aconteceu na residência do prefeito Manezinho, e também estiveram presentes o secretário estadual de Esportes, Lindolfo Pires e os vereadores, Jeffeson Menezes, Jane Isa Soares, Bruno Duarte, Damião Rildo, Dida Alves, José Antônio Fernandes, Branco Xiliu e Dida Alves.

Ascom PMS

Perguntado se concorda com crítica de Pollyanna a Cícero Lucena por foto com oposicionistas, João Azevêdo é direto: “Não”

Durante entrevista nesta quarta-feira (7), o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), adotou uma postura de distanciamento em relação às críticas feitas pela secretária estadual de Desenvolvimento Humano, Pollyana Werton, ao prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), pré-candidato ao governo do Estado.

Pollyana havia manifestado incômodo com o fato de Cícero aparecer em agendas no interior do estado ao lado de lideranças políticas da oposição, o que considerou um comportamento inadequado para um aliado do atual governo. No entanto, João tratou o episódio com diplomacia e deixou claro que não compartilha da avaliação da secretária.

“Essa é a opinião dela. Cada um tem o direito de se manifestar, assim como os jornalistas interpretam os fatos. Eu posso concordar ou não”, comentou o governador. Ao ser indagado diretamente sobre se concordava com a crítica, respondeu de forma objetiva: “Não”.

Apesar da discordância, João fez questão de demonstrar respeito à manifestação de Pollyana e reforçou a defesa da liberdade de expressão no debate público.

A fala de Azevêdo evidencia um esforço para manter a coesão dentro da base aliada, mesmo diante da movimentação de peças no xadrez eleitoral de 2026, que já começa a ser jogado nos bastidores da política paraibana.

Com Fonte83

Lucas Ribeiro diz não se surpreender com disposição de Cícero para disputar governo do Estado em 2026: “Somos políticos”

O vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro (PP) disse não ter ficado surpreso com o fato de o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, colocar seu nome à disposição para disputar a vaga de governador do Estado nas eleições de 2026.

Também filiado ao PP, Lucas, enquanto vice-governador, tende a ser o nome mais provável do partido para entrar na disputa, caso o governador João Azevêdo (PSB), decida deixar o cargo para disputar o Senado.

Em entrevista nesta terça-feira (6), Lucas encarou com naturalidade o fato do prefeito da Capital paraibana estar viajando ao interior da Paraíba, dialogando com prefeitos e por ter demonstrado disponibilidade para entrar na disputa pela chefia do Poder Executivo estadual.

Lucas assegurou que a formação da chapa governista para a disputar as eleições será construída com base no diálogo e não em torno de nomes, mas de um projeto de continuidade.

“Todos nós somos políticos e cada um tem a sua liberdade de andar, de fazer sua agenda e sua missão nesse sentido. Eu creio muito que nesse diálogo a gente vai poder ter a oportunidade de fazer essa construção em conjunto como a gente tem feito. Até porque não estamos como aliados por um interesse particular, pelo contrário, pelo bem do Estado”, garantiu o vice-governador.

Lucas Ribeiro acrescentou ainda que a Paraíba está acima de qualquer interesse particular e reafirmou que o processo será construído com tranquilidade.

Com PB Agora

Passe Livre Estudantil: João Azevêdo anuncia hoje novas fases do programa

Governador João Azevêdo (Foto: reprodução)

O governador João Azevêdo anuncia, nesta quarta-feira (7), todos os detalhes e as novas fases do programa Passe Livre Estudantil, que assegura passagens mensais gratuitas para estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da rede pública estadual, residentes nas regiões metropolitanas de João Pessoa e Campina Grande.

Além disso, estudantes com deficiência têm direito à gratuidade no transporte, e seus acompanhantes recebem uma recarga de passagens para auxiliar no deslocamento.

Em contrapartida, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação, vai cobrar frequência escolar mínima de 90% em sala de aula. A medida deverá beneficiar 48 mil estudantes e os investimentos ultrapassam R$ 89 milhões

Fonte: Governo do Estado. 

 

Câmara aprova projeto que cria 18 vagas de deputados federais e mantém representação da Paraíba com 12 parlamentares

A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei complementar (PLP) que aumenta 18 vagas de deputados federais, saindo de 513 para 531. O texto argumenta que o aumento é necessário devido ao crescimento populacional, porém mantém o tamanho das bancadas que perderam representantes segundo o Censo de 2022. A mudança será a partir da legislatura de 2027. Na Paraíba, não houve aumento, o Estado continua com os 12 parlamentares.

O texto a ser enviado ao Senado é um substitutivo do relator, deputado Damião Feliciano (União-PB) para o Projeto de Lei Complementar (PLP) 177/23, da deputada Dani Cunha (União-RJ). A proposta foi aprovada nesta terça-feira (6) no Plenário da Câmara.

O relator optou por uma abordagem política em vez do cálculo diretamente proporcional previsto na Lei Complementar 78/93, revogada pelo texto. “Estamos a falar de um acréscimo modesto de 3,5%, enquanto a população nos últimos 40 anos cresceu mais de 40%”, afirmou.

Damião Feliciano argumenta que a perda de representantes significaria também perda de recursos em emendas parlamentares, aumentando a desigualdade regional (somente o Nordeste perderia oito vagas). “Perder cadeiras significa perder peso político na correlação federativa e, portanto, perder recursos”, disse.

A necessidade de rever a distribuição de cadeiras surgiu após decisão, em agosto de 2023, do Supremo Tribunal Federal (STF) ao acatar uma ação do governo do Pará que apontou omissão do Legislativo em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional, como previsto na Constituição.

A corte deu prazo até 30 de junho para o Congresso aprovar a redistribuição de vagas de acordo com o Censo de 2022, sob pena de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizá-la. O Pará argumentou que teria direito a mais quatro deputados desde 2010. A decisão do STF prevê a manutenção dos 513 deputados federais com redistribuição de 14 cadeiras, tomando como base a lei de 1993.

No entanto, com o aumento de vagas constante da proposta aprovada pela Câmara, os sete estados que perderiam vagas para outros nessa redistribuição continuam com o mesmo número de deputados:

  • Rio de Janeiro (46 deputados) perderia quatro cadeiras;
  • Paraíba (12), Bahia (39), Piauí (10) e Rio Grande do Sul (31) perderiam duas cadeiras cada um;
  • Pernambuco (25) e Alagoas (9) perderiam uma cadeira cada um.

Impacto orçamentário

A criação de novas cadeiras implicará impacto orçamentário de R$ 64,8 milhões ao ano, segundo informações da Diretoria-Geral da Câmara, a ser absorvido pelas previsões orçamentárias de 2027, quando começa a próxima legislatura com a nova quantidade.

Outro impacto que deverá ser alocado é o de emendas parlamentares que os novos representantes passarão a ter direito de indicar no âmbito do Orçamento da União.

Assembleias estaduais

Além disso, conforme determina a Constituição Federal, o número de deputados estaduais mudará porque a Assembleia Legislativa deve ter o triplo da representação do estado na Câmara dos Deputados com uma trava de 36. Se atingido esse número, o total será os 36 mais o quanto passar de 12 na bancada federal.

Dessa forma, estados que passam de 8 deputados federais (24 estaduais) para 10 terão assembleias com 30 deputados estaduais (três vezes mais).

Ajuste à população

Para os estados que contarão com mais deputados, o texto de Damião Feliciano segue as contas já apontadas pelo Supremo, com ajustes na bancada de Mato Grosso.

Assim, o Pará passará a ter mais 4 deputados (bancada de 21), da mesma forma que Santa Catarina (de 16 para 20 deputados), Amazonas aumenta sua bancada de 8 para 10, Ceará passa de 22 para 23 deputados, Goiás aumenta de 17 para 18 e Minas Gerais de 53 para 54.

No caso de Mato Grosso, cuja bancada aumentaria em um deputado, o relator propõe o ganho de mais uma cadeira em função de cálculos de proporcionalidade que pretendem evitar o fato de um estado com maior população ter menos representantes que outro com menos população que aquele.

Dessa forma, ao comparar os estados de Piauí (população de 3.269.200), Mato Grosso (população de 3.658.813) e Rio Grande do Norte (população de 3.302.406), o primeiro continuaria com 10 cadeiras tendo população menor que os outros dois, que ficariam com 9 e 8 respectivamente.

Para evitar isso, Damião Feliciano passa ambas as bancadas de Mato Grosso e Rio Grande do Norte para 10 representantes.

Igual comparação ele usou para aumentar a bancada do Paraná (população de 11.443.208) de 30 para 31, a fim de não ficar menor que a do Rio Grande do Sul (população de 10.880.506), que mantém seus 31 deputados federais.

Peso regional

Em relação à legislatura atual, a mudança nas bancadas altera ainda o peso regional proporcionalmente ao total de deputados. A bancada do Norte foi a que mais cresceu (de 65 para 71), seguida pelo Sul (de 77 para 82). A primeira corresponde hoje a 12,67% da Câmara, e a segunda equivale a 15%. A partir de 2027, o Norte será 13,37% da Casa, e o Sul terá 15,44%.

Apesar de aumentar sua bancada em três deputados (151 para 154), o Nordeste passa de 29,43% para 29% na nova composição com mais parlamentares. O mesmo acontece com o Sudeste (de 179 para 180), que diminui de 34,89% para 33,89%. Já o Centro-Oeste aumenta de 7,99% (41 deputados) para 8,28% (44 representantes).

Censo contestado

O texto aprovado determina que nenhuma unidade da Federação terá sua representação novamente modificada até a divulgação oficial dos resultados do censo demográfico seguinte à publicação da nova lei.

No Brasil, os censos ocorrem de dez em dez anos, e o de 2020 foi adiado para 2022 devido à pandemia de Covid-19. Se o próximo censo populacional for em 2030 ou mesmo em 2032, qualquer alteração nas bancadas deverá valer apenas para as eleições gerais de 2034, pois as mudanças têm de ocorrer em até um ano antes do pleito.

Do projeto original, Damião Feliciano manteve a possibilidade de os partidos políticos contestarem os dados do Censo perante o Tribunal de Contas da União (TCU), que deverá auditá-los. No entanto, não será permitido o uso de dados obtidos por meio de pesquisas amostrais ou estimativas entre cada censo.

O TCU terá 60 dias para julgar a impugnação, que também poderá ser proposta pela representação jurídica do estado que se considerar prejudicado.

Embora proíba o uso de outros dados, o relator prevê que, caso o TCU considere os dados não confiáveis, eles não poderão ser utilizados para fins de redistribuição de cadeiras.

Próximas revisões

Nas próximas revisões, a bancada de cada unidade da Federação deverá ser calculada conforme método de quocientes análogo ao utilizado nas eleições proporcionais (quociente eleitoral), no que couber.

Em todo caso, devem ser respeitadas as representações mínima e máxima estabelecidas na Constituição Federal (8 e 70 deputados).

Debate em Plenário

Durante o debate do projeto em Plenário, a maioria dos deputados a favor da medida defendeu a necessidade de a Câmara decidir sobre o tema, e não o Tribunal Superior Eleitoral.

Para o líder do PP, deputado Doutor Luizinho (RJ), a eventual redução do número de deputados fluminenses mostraria que o brasileiro do Rio de Janeiro valeria menos que o de outros estados. “O que não pode é um voto no Amapá e Rondônia valer 10 vezes mais que no Rio de Janeiro, 20 vezes mais que em São Paulo”, disse.

O líder do MDB, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (AL), afirmou ser legítima a revisão da quantidade de deputados depois de tantos anos sem a legislação ser revista. “Muitos criticam a interferência do Judiciário nas decisões do Parlamento. Esta é uma decisão interna corporis [que deve ser resolvida internamente por cada Poder]”, declarou.

O deputado Merlong Solano (PT-PI) afirmou que o Parlamento brasileiro é proporcionalmente menor que boa parte das democracias ocidentais. “O número de deputados por habitante é menor que no Canadá, no México, na Argentina, no Chile, na Alemanha, na França. Não temos um Parlamento muito grande em relação ao país de dimensões continentais”, disse.

Porém, deputados da oposição criticaram a ampliação da bancada da Câmara. O líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), citou outros países mais populosos que o Brasil, como Estados Unidos e Índia, e com número proporcionalmente inferior de deputados.

Para o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), vice-líder da oposição, mais injusto que reduzir o número de deputados de alguns estados é aumentar a máquina pública para atender parlamentares com receio de não serem reeleitos.

A líder da Minoria, deputada Caroline de Toni (PL-SC), afirmou que apenas aumentar o número de cadeiras, sem a redução de acordo com a diminuição da população significa descumprir o previsto na Constituição. “[O texto constitucional] não fala que tem de aumentar ou diminuir, fala que tem de ser obedecida a proporcionalidade.”

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) criticou o discurso de que o orçamento do Legislativo suportaria um aumento no quantitativo dos parlamentares sem custo adicional. “A desculpa que não tem gasto é falsa. Tem gasto real sim para a população. É uma acomodação de interesses que aumenta a distorção que a Constituição manda a gente corrigir”, afirmou.

Segundo o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), a proposta não resolve o problema central da proporcionalidade na representação. “Essa redistribuição buscando uma proporção mais adequada tem de ser buscada nesse quantitativo [de 513]. Está de bom tamanho”, avaliou.

Damião Feliciano apresenta relatório que aumenta número de deputados federais

O deputado Damião Feliciano (União-PB) apresentou, nesta terça-feira (06), o relatório ao projeto de lei que aumenta de 513 para 531 o número de deputados federais no Brasil. A matéria deve ser votada ainda hoje pela Câmara Federal.

A medida foi uma forma encontrada pela Câmara para suprir a queda no número de parlamentares em estados que tiveram redução na população, como é o caso da Paraíba. Caso o projeto não seja aprovado, a bancada paraibana sai de 12 para dez deputados.

O Supremo Tribunal Federal (STF) havia determinado que o Congresso fizesse a redistribuição das cadeiras até o mês de junho. Caso o Poder Legislativo não fizesse a mudança, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderia alterar as bancadas.

“Não se trata, simplesmente, de um ajuste frio do tamanho das bancadas com base em cálculos matemáticos. É necessário avaliar politicamente a situação. O certo é que a perda de cadeiras não é apenas simbólica. Perder cadeiras significa perder peso político na correlação federativa e, portanto, perder recursos”, diz o relatório de Damião.

Segundo o parecer de Feliciano, a criação de 18 vagas para Deputado Federal gerará impacto anual de aproximadamente R$ 64,6 milhões. Considerando a margem orçamentária estimada para o exercício de 2025, a Direção da Casa conclui que, mesmo hoje, o orçamento da Câmara dos Deputados já comportaria as despesas decorrentes da aprovação do projeto.

A alteração, se aprovada, passará a valer a partir da eleição de 2026.

Com MaisPB